terça-feira, 28 de julho de 2009

JÔ COSTA UMA VIDA DEDICADA AO TEATRO,TV E CINEMA




Um jovem ator que vem surpreendendo cada vez mais com seus talentos e praticidade em captar que o diretor deseja e sua entrega ao personagem Jô costa iniciO sua carreira em 1993 no grupo cena onze em Cuiaba MT saiu de sua cidade em 1996 para se dedicar ao teatro em São Paulo e vem conquistando seu espaço a cada dia a cada degrau da escada da arte.




Jô Costa estreia em Rota Comando - O Filme



O mato-grossense Joilton Costa, conhecido em São Paulo como Jô Costa, é um dos atores que integram o polêmico Rota Comando - O Filme (de Elias Júnior), que está sendo apontado como o Tropa de Elite paulista. Lançada na semana passada, a produção mostra o batalhão de operações especiais de São Paulo sob a ótica dos policiais, com base no livro do deputado estadual Conte Lopes, ex-capitão da Rota. É mais um trabalho do ator que deixou Cuiabá em 1996, decidiu que iria ganhar a vida na Capital e está conquistando o tão almejado espaço. A história de Jô por si só já daria um filme. Nascido numa família humilde, ele desde cedo sabia que iria se dedicar às artes cênicas. Lembra que quando dizia que queria ser ator os familiares tratavam de alertá-lo que era preciso ter recursos para isso. Diziam que era coisa de gente rica , conta. Mas a paixão falou mais forte e ele encarou o desafio. Sempre amei fazer teatro, é a minha vida . O contato mais efetivo com o tablado veio, então, com o grupo Cena Onze, do diretor Flávio Ferreira. Participou de vários espetáculos da trupe entre os anos de 1993 e 1995: Pesadelos, Sobre Vivências, O Louco Nosso de Cada Dia, Trilogia Cuiabana, Eu, O Louco e Um Júri Muito Louco. Revela que foi graças ao apoio do diretor que resolveu arriscar na Capital paulista. Sempre tive sonho de vir para São Paulo. Flávio abriu as portas pra mim, falou vai . Então, há 13 anos, ele partiu para lá com pouco dinheiro no bolso e uma mochila nas costas, sem ter parentes ou amigos na cidade. Apenas a vontade de se dedicar à profissão que abraçou. Fui com Deus e o sonho . Começou a fazer um curso em 1997, ano em que integrou o elenco da novela Os Ossos do Barão, no SBT. Em 1998, viria o que ele considera um grande presente. Durante três anos exerceu as funções de gerente de teatro, figurinista e técnico no Centro Cultural Santa Catarina, que funciona em plena Avenida Paulista, no coração da cidade. Fez curso com Atílio Riccó e Ronaldo Ciambroni e atuou com nomes importantes da dramaturgia brasileira. Tive a grande sorte de trabalhar com a Márcia Real. Ela vai ver todos os meus espetáculos . Márcia foi um dos principais nomes da antiga TV Tupi e chegou a ganhar vários prêmios, entre eles o Troféu Roquete Pinto. Também lembra com carinho de atores como Felipe Levy, Jonas Mello e da eterna garota de Ipanema, Helô Pinheiro, com que fez uma peça, e do cantor Sidney Magal. Eles todos trabalharam comigo lá. Era um sitcom que passava na mesma época do Sai de Baixo, na TV Gazeta . Era o Spa Fantasia, um seriado dirigido por Evê Sobral, onde Jô Costa permaneceu de 2002 a 2003. Depois disso, ele passou a se dedicar mais ao teatro. Foram inúmeras peças infantis, além de textos clássicos como Vidas Secas, Iracema, Policarpo Guaresma e O Cortiço, que estreou este ano. Já a história com o cinema é mais curta. Em 1998 ele fez o papel de um jornalista no filme Boleiros, de Ugo Giorgetti. E, agora, o Rota Comando - O Filme, em que faz o personagem Ratão. Ele recebeu um convite para fazer o filme por meio da produtora em que trabalha. O teste era para fazer um policial ou ladrão, mas para o primeiro não dava, explica, pois é baixo demais -tem 1,62m. Resultado, foi selecionado para ser parceiro de um dos principais bandidos do filme. Uma experiência inédita em sua vida artística. Pela primeira vez peguei num revólver para atirar . Mas esse não foi o único sufoco. A gravação era no meio de uma favela e a todo momento o investigador que auxiliava a equipe de filmagem a todo momento dizia para não ficar exibindo muito a arma. A polícia poderia aparecer ali de fato e achar que ele era realmente um bandido. Sem contar com o frio. A gente passava a noite inteira gravando, naquele frio, só com uma camiseta . No fim das contas, foi uma experiência muito boa, avalia. Foi maravilhoso, mais um sonho realizado. Hoje penso: sou ator. Se morrer amanhã estou feliz, fiz algo para mim e para minha cidade. Em tudo que faço coloco que sou de Cuiabá . Apesar de o filme sair direto em DVD, ele aposta no sucesso do trabalho. Promete causar polêmica, já que é baseado no livro Matar ou Morrer, escrito pelo ex-capitão da Rota Conte Lopes. O próprio, que hoje é deputado estadual, foi à preestreia, em São Paulo. O ex-policial escreveu o livro como uma forma de rebater o que o jornalista Caco Barcellos mostrou em seu Rota 66, obra que denuncia a violência policial praticada por membros da Rota (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar). O grupo é o equivalente paulista do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro. A diferença é que Tropa de Elite (o filme) consumiu vários milhões de reais, enquanto Rota Comando - O Filme custou cerca de R$ 500 mil e não conseguiu cotas suficientes para percorrer as salas de cinema. A trilha sonora, informa Jô Costa, conta com uma música cantada por Paulo Ricardo e com instrumental do pessoal do Sepultura. É no estilo rock pauleira, diz, lembrando que o clipe pode ser visto tanto no youtube como no site do filme, (www) rotacomandoofilme.com.br. Enquanto espera para ver qual será seu próximo filme, cujo convite já foi feito, o ator mato-grossense se prepara para estrear espetáculos novos, como Auto da Barca do Inferno e Escrava Isaura. E é assim mesmo, explica ele, para conseguir se manter sem ser famoso só trabalhando muito.

Autor: Redação
Fonte: Gazeta Digital
Data: 14/07/2009 - 06:50:00